«A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, estimulando concomitante e muito intensamente o debate dentro daquele espectro... Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate».Noam Chomsky

"The smart way to keep people passive and obedient is to strictly limit the spectrum of acceptable opinion, but allow very lively debate within that spectrum - even encourage the more critical and dissident views. That gives people the sense that there's free thinking going on, while all the time the presuppositions of the system are being reinforced by the limits put on the range of the debate." – Noam Chomsky

It will reopen now and then.



30 de dezembro de 2006

FIM DE ANO?



Imagem do blog:http://chavedespedro.blogspot.com/

28 de dezembro de 2006

retalhos da vida dum pequeno patife

(continuação)
Mais assustado que contente, por não ter antes realizado as verdadeiras consequências da malvadez que cometera, esgueirei-me para casa, sem me despedir do meu amigo.
Um mês depois, passámos a viver naquele cobiçado primeiro andar.
Os meus velhotes ficaram radiantes, já se vê!
E, talvez por isso, nunca lhes contei toda a verdade.
Nunca souberam que o filho, afinal, ao contrário do que pensavam, não era flor que se cheirasse.
Agora, em homenagem ao meu esforço para me tornar melhor pessoa, peço aqui desculpa, publicamente, ao sr. engenheiro e esposa, meus ex-vizinhos... pelo sim, pelo não... uma vez que já "partiram".
Fim- Xequim Sêco

gil

retalhos da vida dum pequeno patife

(continuação)

Como as escadas debaixo das quais eu dormia eram de madeira, com a extremidade de uma vassoura, comecei a acompanhar, a descompasso, os passos que o casal dava no subir das escadas.

Eles paravam, e eu parava. Eles reiniciavam, e eu reiniciava, sempre com "souplesse".

Um belo dia, ao ir brincar para a mercearia dos pais do meu amigo César, filho único como eu, escutei a conversa, em surdina, que a "criada" do senhor engenheiro travava com a mãe do meu amigo.

"Os meus patrões vão sair daqui. Parece que hà qualquer coisa estranha na casa. Perguntaram-me se eu também ouvia barulhos estranhos na casa durante a noite. Eu nunca dei conta, disse-lhes eu!"
(continua-Xequim Sêco)

25 de dezembro de 2006

retalhos da vida dum pequeno patife

(continuação)
Apesar de medidos os prós e contras da decisão tomada, não havia dúvida de que nós os três perdemos alguma qualidade de vida, com a troca.

- Tens razão mulher. Isto, afinal, não é quarto nem é nada. Tanto nós como o Zézito, temos direito a dormir em lugares mais sadios.

E passaram a procurar, na vizinhança, sem resultado, dois quartos, com serventia a casas de banho.

Foi, a partir daqui, que meus verdadeiros instintos de malvadez começaram a despertar.

Passo a explicar:

No andar de cima do estabelecimento residia um engenheiro bem sucedido na vida e sua esposa.

Nunca soubemos se eram boas ou más pessoas, porque nunca nos cumprimentaram.

Só sabíamos, através da mercearia onde se mandavam aviar que, aos sábados, tinham por hábito ir ao casino jogar na roleta.

Ora, como eles sempre me acordavam ao regressarem a casa, lá para as quatro da manhã desses sábados, resolvi, a partir de um deles, experimentar o meu plano, tentando, "com um tiro, matar dois coelhos":

(continua - Xequim Sêco)

21 de dezembro de 2006

retalhos da vida dum pequeno patife

Meus pais, exploradores de modesto "café", situado em rua pouco movimentada, chegavam sempre "encharcados" nos dias chuvosos de inverno.
Do meu improvisado quarto, roubado à sala de jantar, ouvia-os, ao chegarem, lamentar-se do fraco negócio e também do incómodo que era, no inverno, depois das duas da manhã, terem que atravessar ruas e ruas até chegarem a casa.
- E o menino?... e se sucede qualquer coisa ao nosso filho, que para aqui fica sózinho durante tantas horas?
- Pois é mulher, mas o que havemos de fazer à nossa vida?!
Diálogos destes incomodavam-me, não por me saber só, a dormir, naquele velho T1.
Incomodava-me por causa da vida difícil que meus pais me parecia levarem.
Até que um dia, com satisfação minha, resolveram sacrificar parte de uma divisão do "café" destinada a arrumos.
E aí se instalou cama e mesinhas de cabeceira."O Zé vai ficar bem no vão das escadas, onde não se sente muito o barulho da noite.Vais ver! Forra-se tudo como deve ser e pronto!", disse o meu pai à "velhota".
Meu dito, meu feito. Pouco tempo depois deixaram de pagar o aluguer do T1 e todas as nossas trouxas foram transferidas para as trazeiras do estabelecimento.
(continua - Xequim Sêco)

18 de dezembro de 2006

Portugal III



O "tapado", desaparecido, foi encontrado.

Mas, infelizmente, sem corcunda(Aquele pequeno pormenor que o alcandorava a peça de arte).

E foi reposto, de imediato, "en su sitio".

Deixou de ser, de novo, um miserável buraco.

Perdeu em beleza - em relação à instalação anterior - mas ganhou em robustez. Espero!

Honra seja feita, agora, a quem a merece ; )

15 de dezembro de 2006

Quem te viu e quem te vê!



Memórias da minha terra, a preto e branco:

figueira da_foz.pps

NOTA: Lamentavelmente não consigo dar conta do contratempo que impede a visualização de todas as fotos. As minhas deculpas. 16.12.2007

14 de dezembro de 2006

Portugal II



Era de esperar.

Mas também eu não tive o descernimento de prever o inevitável.

O "tapado", aquele buraco que deu orígem ao meu texto de segunda feira, foi roubado!

Sorrateiramente, a coberto das últimas grandes chuvadas, claro.

Pois foi: o desgraçado ficou ali sozinhito e alguém, atento ao valor das obras de arte, pumba, roubou-o.

Não sei porque é que o Município descorou as providências de segurança necessárias.

Talvez por desconhecer o verdadeiro valor daquela peça.

Quem sabe?

Era uma instalação digna da galeria Sotheby's, garanto-vos eu, que também sou perito nestas coisas... obviamente!

E rara (a instalação, claro!) em nossos dias.

O que nos vale é termos connosco os artistas .

Que a irão refazer, estou certo. É esta a vantagem de termos obras públicas, embora efémeras, nas ruas deste país...

12 de dezembro de 2006

Portugal

Segunda-feira.

Começo da tarde.

Chuviscos.

Por detrás da vidraça, observo estacionamento invulgar.

Da viatura - impedindo a circulação na rua transversal - saiu primeiro o mais velho, de pá em punho.

Depois saiu o segundo.

Eram três.

Os dois primeiros, de colete reflector vestido, encheram as pás de gravilha negra.

Tentaram a travessia, mas pararam de repente.

A hora era de movimento e as derrapagens foram o aviso.

Surgiu o terceiro homem, o motorista, esbracejando.

Dos "ligeiros", que pararam, adivinhei sinais de impaciência.

A viatura do Município (caixa aberta) e os homens das pás, eram o alvo.

Atravessaram, os três.

A missão estava a revelar-se espinhosa.

Mas não só pelo risco eminente de atropelamentos: O buraco no "tuvenan" (?) na outra margem da via, devia requerer solução sofisticada...porque, material e homens, qual promessa, tinham mesmo de atravessar a rua, sob pena do serviço ficar imperfeito!

Conferenciaram os três.

As pás baixaram e voltaram vazias de regresso ao veículo de caixa aberta, após cuidadoso atravessar.

Quarenta minutos depois voltei à janela.

O "caixa aberta" já ía lá ao fundo.

Os chuviscos tinham parado.

Curioso, fui ver o "tapado".

Não tinha mais que 40 cm2 e......se não fosse a sua corcunda (lombazinha, ou cereja no topo do bolo!), o serviço nunca poderia tornar-se, como se tornou, em autêntica obra de arte.

Como insuspeitadamente vi e olhei.

Depois pensei: "com trabalho assim planificado, por gente preparada, e três especialistas daquele gabarito, não era de esperar outra coisa!"

11 de dezembro de 2006

vem aí o caçador

Posted by Picasa gil

7 de dezembro de 2006

meus shnores da câamra muincipal

Craos aimgos:

Escvere-vos quem csotmua dar umas vlotas pleo Paqrue da Cecra, dedse a sua abretrua.

Nucna pecrebi prouqre raãzo aidna lá exsietm motnes de terra com aglum lxio à msitura.

Eu sei qeu a culpa vem do pasasdo, mas, meus shnores, voêcs que já esãto na cârama hà tatno tepmo não repraram que esse deslexio pode ser tomdao como incaipacdade vossa praa gerir os nossos detsnios com mias rigor?

Qaundo passo por um rseaturante com a placa da sua puilbicdade caída, pneso smepre num amigo psiclogo. Dizia ele com tdoa a rzaão: "Aqui não enrto. Se isto é cá fora, o que não sreá la dnetro!"

São pequneas ciosas como etsa e outras que por aí se vêm que, sem grnades cutsos para a auratquia, bem se podiam evtiar, praa bem de tdoa a counimdade e persgítio vosso.

Auqi fica o meu registo círtico, aproiveatndo a opronutidade para vos pernugtar, tabmém, se gsotam dsete meu palairvado, com tnato dexleiso lnigusítico ( irá ele - registo - por isso, cair em scao roto?!)
gil

5 de dezembro de 2006

paisagens

 
gil Posted by Picasa

29 de novembro de 2006

o combo-hito

(continuação)

O rei contratara homens para escrever os livros e pagava a professores para ensinar os jovens.

Os livros e as aulas , os jornalistas, a rádio e a televisão eram preparados de forma a levar os combo-hitos a pensar e a agir de determinada maneira, sempre de acordo com os interesses do rei e dos seus amigos.

Aquilo que tinha sido uma conquista extraordinária transformara-se numa nova forma de dominação.

A luta não tinha terminado.

Era preciso recomeçar.

A grande lição era esta: NUNCA SE VENCE DEFINITIVAMENTE; a dominação e a exploração têm muitos rostos, artes e manhas. É preciso não "adormecer", é preciso manter vivo o espírito de vigilância crítica, a capacidade de reconhecer o perigo que constituem a habilidade e o poder do inimigo.

Acho que estraguei a história do meu amigo e do seu simpático e heróico Combo-Hito.

Mas se os filhos dele perceberem porque se passa o que se passa no ensino; se compreenderem porque é que constitui para os trabalhadores e seus filhos uma necessidade fundamental a oportunidade de estudar; se eles ficarem com uma vaga ideia do que vai pela comunicação social; se lhes conseguir explicar de forma muito simples o que aconteceu num certo país depois de uma festa muito grande e linda, com cravos vermelhos a florir em armas negras; se eles perceberem isso, julgo que perdoarão, um dia, àquele jornalista antipático a quem o pai insiste em chamar amigo, o ter-lhes estragado uma história linda que terminava bem, acrescentando-lhe por sua conta um «POR FAVOR, PROSSIGAM. A HISTÓRIA NÃO ACABA AQUI!»

fim-fim

27 de novembro de 2006

o combo-hito

(continuação, inesperada)

Ao ler o meu arremedo de conto, que tive o cuidado de lhe enviar, via postal, escreve-me assim um amigo, procurando disfarsar crítica negativa, em homenagem à velha amizade que nos une.

"gil:
Em anexo junto o jornal de hoje onde aparece a crítica que me pediste, referente ao teu último conto.
Este também não foi publicado, mas agradeço-te por mo teres enviado numa altura em que me faltavam ideias para a coluna que a redacção me destinou.
Um abraço. Esteves."

Desdobrei o Jornal e li, surpreendido:

"(...) Juntamente com a carta vinha um conto e um pedido de crítica.
Era um conto infantil, que a saudade dos filhos lhe ditara.
Lindo, nobre e vibrante, fora por certo inspirado pela "tragédia" do esmagamento da sua individualidade na solidão oprimida de alguma viagem no "minhocas" superlotado.
Contava a história de um mundo subterrâneo onde um jovem combo-hito (lembro-me de que ele metia um agá no meio disto!) lutava contra a opressão de um rei comboio todo poderoso.
A luta era árdua.
O Combo-Hito queria estudar e não podia.
O rei não deixava; não havia escola; todos tinham de trabalhar duramente de manhã à noite.
Ele via o pai, um velho e cansado comboio de mercadorias, esmagado por serviços violentos durante horas a fio.
O pai e os outros.
A escola era luxo proibido, a vida dura, a ignorância profunda, levando ao fatalismo, à aceitação.
Combo-Hito luta, fala, discute, faz pensar, mobiliza.
Ao princípio os comboios assustam-se, têm medo, mas acabam por se decidir e vão para a luta.
Reunem-se e reclamam; são reprimidos e fazem greve; são pressionados mas persistem e, finalmente, o rei cede.
Vai haver serviço menos duro, melhores condições de vida para todos e, finalmente, livros e escolas para todos os combohitos.
Era de facto uma bela história, simples, muito bem contada, emotiva e directa.
Lá estava toda a beleza de uma juventude que rompe as cadeias do obscurantismo, quebra as grilhetas do medo e se ergue, activa e inteligente, a despertar os outros, a fazer-lhes sentir necessidades ignoradas e possibilidades desejáveis e a mobilizá-los depois para a luta até à vitória final.
Uma bela história sem dúvida só que tinha um erro:"
(continua)

26 de novembro de 2006

O combo-hito

(continuação)
A princípio os comboios grandes tiveram mêdo que o rei mau os castigasse, mas depois pensaram que o Combo-Hito tinha razão.

-Não está certo! Os comboios pequeninos nem têm autorização para brincar, e isso é uma injustiça! -Dizia um dos comboios grandes.
-Realmente não é justo! - Dizia outro.-O Combo-Hito tem razão. Vamos fazer como ele diz! - Decide um terceiro comboio.
Então, resolveram juntar-se todos os comboios do reino em frente do palácio do rei mau e exigiram que o rei mandasse ensinar a ler todos os comboios pequeninos.
Apitaram, apitaram, apitaram - deitando faúlhas e tudo! -até que o rei, com mêdo de perder todo o poder que tinha, não teve outro remédio senão mandar construir escolas por todo o reino.
A partir daquele dia, e por causa da ideia do Combo-Hito, os comboios do reino-do-rei-mau juntavam-se todos no palácio real, a apitar muito, cada vez que queriam exigir outros direitos.
Foi por causa disso que a Metropolitânia passou a ser toda iluminada e os comboios deixaram de se alimentar só a carvão.
Hoje, a maior parte dos comboios alimentam-se a electricidade e muitos deles já não trabalham mais para o mesmo rei.

fim (provisório)
gil

24 de novembro de 2006

o combo-hito

(continuação)

Por isso tudo, o pai do comboio pequenino andava muito triste e magrinho... e o Combo-Hito, a partir de um certo dia, também começou a sentir-se muito, muito, muito triste... pensando nos comboios que viviam pobrezinhos como os seus pais.
Nesse dia, o Combo-Hito perguntou ao pai, assim:
-Ó pai, porque andas tu tão triste?
E o pai contou-lhe coisas muito estranhas, que ele ainda não podia entender bem.
Por isso pediu-lhe, com muita meiguice, de lágrimas nos olhos:
-Ó pai, deixa-me aprender a ler, como os filhos do rei!
E o comboio grande (entre dois apitos baixinhos) disse ao filho que o rei mau não deixava ninguém aprender a ler, porque queria que todos os habitantes da Metropolitânia trabalhassem para ele desde pequeninos, sem parar.
Durante várias noites o Combo-Hito pensou, pensou, pensou... até que teve uma ideia: Foi falar com os outros comboios todos, às escondidas dos pais e dos polícias do rei e disse-lhes que não deviam deixar trabalhar mais os seus filhos pequenos, antes de aprenderem a ler.

(continua)

23 de novembro de 2006

o combo-hito

Era uma vez... um planeta que ficava muito, muito, muito longe da Terra e que se chamava Metropolitânia.

Os seus habitantes eram comboios, porque mais ninguém lá podia viver, para sempre, como eles.

Esses comboios falavam e entendiam-se tão bem como as pessoas da Terra e eram também muito inteligentes.

Como alguns seres humanos (os mineiros), os comboios também viviam dentro de grandes buracos onde fazia sempre muito escuro e, talvez por isso, se deu o nome de Metropolitânia ao tal planeta.

O dono desse planeta, hà muitos anos, era um rei rico e muito mau. De entre os seus súbditos, havia uma família que tinha um filho a quem os habitantes da Metropolitânia deram o nome de Combo-Hito, talvez por ele ser muito pequenino e inteligente.

Como os pais do Combo-Hito, também os outros comboios eram pobrezinhos e muito sujos porque a sua única alimentação era o carvão e também porque trabalhavam sempre debaixo da terra, nos tais buracos muito grandes... e depois não tinham tempo para se lavar porque labutavam dia e noite para o rei mau.
(continua)

22 de novembro de 2006

era uma vez...

 
gil Posted by Picasa

12 de novembro de 2006

Os Drogados - Os Leprosos

(continuação)
Em Tempo:
Para além dos grandes benefícios sociais, de entre os quais dou conta a seguir, há a destacar que o nosso Estado viu reduzidas, drásticamente, as despesas anteriormente destinadas a esta problemática da droga e suas ramificações.
O flagelo dos assaltos e roubos perpetrados por toxicodependentes e "dealers", e as suas consequências sociais, deixaram de atormentar o nosso país.
E porque a ciência descobriu, há alguns anos, os meios capazes de impedir o contágio da sida e o aparecimento de doenças como a hepatite, a nossa sociedade viu erradicada de vez essas chagas e angústias que desconjuntavam famílias inteiras.
Hoje seria impensável recorrer-se ao enclausuramento compulsivo de toxicodependentes, dada a emancipação e bem estar atingidos pelo nosso povo.
Por isso, parte do nosso hospital-colónia foi reconvertido, uma parte em estância turística, outra em unidade de apoio a crianças e outra a um centro hospitalar, por não ser mais prestável ao fim para que foi criado.
Arthurio Imaginado Real
...................
Clique
AQUI
fim
gil

11 de novembro de 2006

Os Drogados - Os Leprosos



(continuação)
- As drogas apreendidas não eram inceneradas, mas antes devidamente analizadas, contabilizadas e armazenadas em cofres-fortes, quais barras de ouro;

- A todos os toxicodependentes, que o solicitaram, foi-lhes emitido um cartão electrónico, seguro e personalizado, para que junto de farmácias autorizadas levantassem, ao preço de um maço de tabaco, a sua doze diária de estupefaciente;

- Os doentes que por vontade própria quizeram tentar a recuperação, ingressaram de imediato no Hospital-Colónia, sendo-lhes atribuídas instalações especiais.
A sua permanência durava o tempo mínimo de um ano.

-A outros doentes, que por crimes cometidos eram compulsivamente internados, estavam-lhes reservadas instalações separadas dos anteriores, sem que lhes fosse impedido o convívio com todos os outros habitantes da Colónia.
A estes era-lhes imposto um internamento de mais um ano após a presumível cura, salvo se o delito que os levou á Colónia não requeresse outras medidas de ordem penal.

Por hoje é tudo.

Despeço-me com consideração e até sempre,
Arthurio Imaginado Real

(CONTINUA)


8 de novembro de 2006

Os Drogados - Os Leprosos

(continuação)
Decorridos os anos, os resultados deste enquadramento, superaram todas as expectativas: Desde há muito que no nosso país deixou de haver problemas causados por essas vítimas da droga, constatando-se também a erradicação da sida e outras doenças.
A nossa experiência foi aplicada por toda a Worlddollandia.
O problema com que nos debatíamos foi resolvido mercê também da criação de medidas, muito reflectidas, a juzante, onde a educação e o quase pleno emprego ocuparam (e ocupam) lugar preponderante.
Obviamente que a construção do nosso Hospital-Colónia foi uma etapa importante no processo de cura dos doentes. Mas a montante e concomitantemente com esta iniciativa, foram tomadas medidas rígidas para evitar o mercado paralelo das drogas, tais como, por exemplo e resumidamente, passo a descrever:
(CONTINUA)

3 de novembro de 2006

Os Drogados - os Leprosos

(continuação)
Nunca tive notícia de que alguém ou alguma instituição planetárea criticasse a sua existência. Tudo era discreto e muito mais aceite que rejeitado, levando em conta ter que se optar pelo mal menor em relação aos interesses da sociedade, incluídos os próprios internados.

O ambiente entre funcionários e doentes era - salvo raras excepções - modelar, tendo em vista o bem estar de todos.

Solteiros e casais toxicodependentes (como vós dizeis e eu utilizarei a partir daqui para melhor me entenderem) viam ali mais ou menos decalcados, para melhor, os dia-a-dia dos cidadãos emigrantes que, sozinhos, deixaram por algum tempo o seu país para procurar, no estrangeiro, melhores condições de vida.
Como se estivessem integrados numa pequena cidade, quase esqueciam a estadia, a maioria das vezes involuntária.

Todas as despesas no Hospital-Colónia eram suportadas pelo Estado.

Das escolas profissionais, teatro, televisão e cinema até ao desporto, das igrejas ao cultivo do campo ou do oficinar, tudo lá existia.
Todos trabalhavam nas profissões para que tinham aptidão e por isso recebiam um salário.
Também não faltava, claro está, uma apetrechada clínica de desintoxicação com seu excelente corpo clínico, nem uma polícia especial para acorrer a casos sempre previsíveis de insubordinação.

(Continua)

31 de outubro de 2006

Os Drogados - Os Leprosos

("...Mas é evidente que um elemento toxicodependente numa família é gerador de grandes angústias, enornes problemas." - afirma João Goulão, médico que preside ao Instituto da Droga e Toxicodependência. In: Notícias Magazine de 29 de Janeiro de 2006)
_____________

Amigos:

Eu sou habitante de um pequeno país imaginário onde existe um povo diferente e especial. Nem pior nem melhor, na generalidade, que o de um país real, mas mesmo assim diferente e especial.

Gosto muito do meu país, como hão-de compreender, e para que outros o conheçam vou dar notícias dele, ao acaso, sempre que julgue interessante o que tenho para vos dizer.

Temos expressões escritas e faladas equivalentes ás dos portugueses mas com significados diferentes, e também formas de encarar os grandes problemas da vida com maior pragmatismo que vós.

Escolhi, para início da minha correspondência, contar-vos uma experiência que ensaiámos com êxito há alguns anos e que sei poder vir um dia a interessar-vos, a vocês, habitantes do mundo real.

Era eu ainda criança quando, antes da sua inauguração, visitei com outros alunos, o Hospital-Colónia Rovysgo Vais, situado na Kocha, a poucos quilómetros da Macieyra da Voz. (não conheceis, decerto, o nome nem as localidades por serem imaginadas, mas são-me necessários para tentar criar-vos uma ideia da nossa "realidade").

Pela sua extensão, organização e disposição arquitetónica foi considerado, à época e ainda hoje,
a maior e mais bem apetrechada instituição da Worlddollândia para recuperação de leprosos (toxicómanos na nossa língua).
Decorriam os anos 40 do século passado.
(CONTINUA)

19 de outubro de 2006

sorrir, é preciso!


gil Posted by Picasa

16 de outubro de 2006

OS CIGANOS

(continuação)
No meu passeio da tarde, deste Domingo, fui vizitá-los."Trago aqui umas roupas usadas para os senhores. Querem?"

O homem olhou para mim, algo distraído, enquanto pegava num vime que a filha lhe passava, depois da última laçada no cêsto.

A esposa, agarrada a uma vassoura, limpando o chão ao redor da carrinha, falou assim, para o seu homem: "Este é o sinhor que onte te contei".

Pouco à-vontade, atirei: "E o bébé?" - "Está a dormir", disse ele.

Quando, de volta, acartava o cêsto que comprei, fiquei deveras assustado ao sentir-me puxado pelas calças.

Era a ciganita, que - de óculos de criança, escuros, na testa - com seu ar reguila, me impôs: "Senhor, dê-me uma moeda, que é pr'ó leite do meu bébé."

fim

gil

15 de outubro de 2006

OS CIGANOS

(continuação)

"Sinhor, sinhora, compre-me um cêsto p'ra dar leite ao meu bébé!"

As pessoas, apressadas, passavam ao lado do recém-nascido e da mãe...olhando para o lado.

Ninguém lhe comprara nada nesse dia, disse-me ela. Que apenas tinha amealhado alguns "tostões" de pessoas que não lhe quizeram virar a cara.

Perguntei, então, no contexto da conversa, onde moravam. Que moravam numa velha carrinha , no Parque das Finanças, disse.

Relutante, mas ultrapassando o pudor - tanta era a minha curiosidade, dado o asseio que demonstravam - atrevi-me a perguntar-lhe, ainda, onde tomavam banho e faziam as suas necessidades. Que tinham autorização do dono da bomba para utilizarem um quarto de banho - com chuveiro - desde que o deixassem limpo!

No meu passeio da tarde, deste Domingo, fui vizitá-los."Trago aqui umas roupas usadas para os senhores. Querem?"

(CONTINUA)

12 de outubro de 2006

OS CIGANOS

(continuação)
Que eram pessoas muito limpas, educadas e trabalhadoras, como se os ciganos tivessem que ser sujos, malcriados e malandros.

E que, por causa do Inverno rigoroso, tinham muita pena das crianças.
Que ele fazia cêstos sem parar- sempre ajudado pela criança, que não teria mais de 5 anos - e que a companheira os tentava vender, de bébé ao colo, ao pé dos supermercados.

Essa conversa de café levou-me a alterar o meu "circuito de manutenção" habitual, mais por curiosidade que por outra coisa: Fiz passagem pelos "supermercados" da cidade.

Junto à porta de saída de um deles, olhei e vi a cigana - com o seu ar natural de dignidade, que a raça lhe empresta.

A quem passava junto de si, carregada de alimentos e outros artigos, dizia:

"Sinhor, sinhora, compre-me um cêsto p'ra dar leite ao meu bébé!"

(CONTINUA)

10 de outubro de 2006

OS CIGANOS

"Escrever é acto meritório: de aplaudir, mesmo que o produto deixe muito a desejar - quem se intromete pelos caminhos da escrita, pelo menos vai descobrindo as dificuldades e auto-educando-se pelas leituras; cresce como pessoa e cresce como público - entendendo que fazer a mão é ofício espinhoso, melhor compreenderá o sofrimento do escritor".

Não sei quem escreveu este elogio aos escritores. De qualquer modo sinto que, se escrevendo mal como escrevo, custa tanto, quanto não custará escrever como um escritor!

Aqui vai pespegada mais uma estória, com a advertência de que irá sendo modificada ao longo do tempo, intentando ver-me crescer, pelo menos, como pessoa.

OS CIGANOS

Ouvi dizer, há dias, que se encontravam acampados na cidade, há muitos meses, um jovem casal de ciganos e seus dois filhotes. Não disseram onde. Que eram pessoas muito limpas, educadas e trabalhadoras, como se os ciganos tivessem que ser sujos, malcriados e malandros.


(CONTINUA)

8 de outubro de 2006

que a ideia se espalhe




gil

6 de outubro de 2006

Espelhos Falsos

(continuação)
Ou se não foi realmente para ajudar a manterem-se no poder.

Recapitulando tudo o que escrevi, surge-me esta ideia peregrina:

Apesar da existência certa, do falso-espelho nos USA - preocupação da nossa amiga brasileira - não me parece que isso seja tão mau AGORA como antes (pós-kzarismo ou no tempo do nosso "manholas" de Santa Comba).

E porquê? -Porque levo em conta a legitimidade "democrática" de todos os países "livres", nomeadamente a do tio Sam, para utilizar o espelho falso, mesmo se aproveitado com outros meios mais sofisticados (que ainda desconheço), para levar a "paz" a qualquer país onde haja pobreza... e riqueza inexplorada ou em vias de exploração.

Como a moda do espelho falso está a virar moda, um dia destes, depois de mais umas "lavagenzitas" (em quartos de banho alheios), qualquer um de nós (mulher ou homem) mirando-se ao espelho, dirá ao que está à nossa frente, em tom gozão: - "Vai mas é dar uma volta ao bilhar grande!..."

Comentário final sem ironia:
O GRANDE IRMÂO, digo, o "falso-espelho", afinal está aí para ficar. Apresentando diversas faces.

Dissimuladamente antes, sem vergonha agora!

Subliminar e democraticamente nos vão fazendo a cabeça. Até quando?

...e a União Soviética, lá no Além, a torcer-se com dores de barriga...de tanto rir.

Fim

gil

2 de outubro de 2006

Espelhos Falsos

(continuação)
Se a casualidade levasse a publicidade que se segue ao conhecimento da senhora brasileira, e por distração achasse, como julgo, essa publicidade normal, passaria mesmo assim a ficar mais atenta cada vez que saísse à rua.

Há quem esteja a vender no seu país, via net, a composição química para o fabrico do famigerado espelho:

"Apostila que ensina como fabricar e montar um dispositivo para se observar outras salas sem ser notado (olho-espião e um espelho especial em que, de um lado é espelho e do outro um vidro transparente (espelho-falso). Ótimo para aumentar a segurança. R$ (consulte-nos);VR Postal do ???? Lda.http://64.233.183.104/search?q=cache:
AH1m4cjCLA4J:sha????"- Morada e url truncados...que aqui não se faz publicidade a ninguém)

Vem a talho de foice (que não de martelo) perguntar-me se aquela fórmula não teria sido descoberta por "comunas" antes da existência dos "gulags" com o expresso propósito de "chatear" os vindouros dissidentes.Ou se não foi deliberadamente procurada para espiar operários em laboração no pós-perestroika, em homenagem às marxistas "mais-valias".Ou se não foi realmente para ajudar a manterem-se no poder.
(CONTINUA)

29 de setembro de 2006

Espelhos Falsos

(continuação)
Ver-se a si própria e ser vista ("em carne e osso") , do outro lado do espelho.

Confesso também, aqui e agora, a minha ingenuidade e ignorância aos que me leiem e que viram o "big brother" na tv e meditaram, antes de mim, nas "utilidades" que outros podem dar a esse espelho. E às câmaras ocultas também.

Digo mais: a imprensa ocidental, escrita e falada, tem sabido últimamente cultivar em mim a ideia de que tudo é normal: Desde espelhos falsos a câmaras ocultas ou não ocultas, passando por muros da vergonha (modernos, menos que dos antigos), cadeiras eléctricas, invasão de países, prisões arbitrárias, escutas ilegais (via net e telefone), etc.

Acredito que para além de mim (até há poucas horas) outros sofrerão da mesma boa fé em relação ao que vão lendo e ouvindo, como parece ser o caso da autora do texto inicial.

Se a casualidade levasse a publicidade que se segue ao conhecimento da senhora brasileira,...

(CONTINUA)

25 de setembro de 2006

Espelhos falsos

(continuação)
Não, não pode ser, deves ter visto mal!"

Confesso que resisti durante algum tempo, involuntariamente, à ideia de conhecer a inquestionável verdade sobre os falsos espelhos e as câmaras ocultas. E, também, sobre a verdade ou mentira do tipo de pequenos almoços dos "comunas" e das fardas das criancinhas de orfanato... já que a existência dos Gulags é um caso incontroverso.
Hoje, liguei a internet e zás. Puz-me a "surfar" para tentar conhecê-la. E deparei-me com as seguintes fontes:
- A)
http://www.seara da ciência.ufb.br/queremosaber/fisica
/oldfisica/respostas/qr1068.html
-B)
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/saude/2163501-2164000 /2163728/2163728_1.xml2163728/2163728_1.xml
-C)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/
1057_guantanamo/pg.4shtml
-site "BBC brasil.com" (se não der, o que é mais certo, ir ao Google e escrever: bbc portuguese presidio)
Depois de conhecer os factos, fiquei triste comigo mesmo. Não é que me enganei, não obstante existirem tantas evidências em contrário?!...
A senhora brasileira, afinal, tem razão!
Tem todo o direito de se encontrar preocupada com a privacidade feminina no presente e no futuro.
É que o espelho falso (one way mirror) existe mesmo... e há muito tempo!
Mas parece-me, mesmo assim, redutora e ingénua a sua preocupação - agora que estou seguro da sua existência - porque está a "ver" no espelho, apenas duas utilidades :
Ver-se a si própria e ser vista ("em carne e osso") , do outro lado do espelho.

(Continua)

23 de setembro de 2006

Espelhos Falsos

(continuação)
Contou-me que, para além de estudar gratuitamente, ainda recebia uma mesada do Estado, como se não fosse estrangeiro.

Voltando ao meu amigo, confesso que se fosse hoje, e tivesse a certeza de que ele me saberia escutar (o que duvido), dir-lhe-ia o que esse familiar me transmitiu, acrescentando ainda, para rematar a conversa:"É pá, mas isso parece-me contraditório, considerando o que me contou o Raúl, o meu primo.Por um lado as pessoas têm índices de escolaridade superiores à média mundial. As Universidades, segundo parece, estão ao dispor da juventude que revele as aptidões necessárias. Estudando, fazem ginástica mental e, por acréscimo, aprendem também a relacionar as coisas. Por outro lado tu insinuas que lá prendem seres humanos, aniquilam-nos, ou enviam-nos para campos de concentração, como aqui no tempo de Salazar, no Tarrafal; ou como nos dias de hoje o fazem, democraticamente, em Guantanamo.Isso faz-me lembrar, mal comparando, aqueles condenados à morte a quem os americanos cuidam esmeradamente durante anos até os empurrarem para a cadeira eléctrica ou letal injecção.Não, não pode ser, deves ter visto mal!"

(CONTINUA)

21 de setembro de 2006

Espelhos Falsos

(continuação)
Repito: não acredito nesta "denúncia" como não acreditei numa outra que me fez um amigo meu, àcerca de uma viagem a Moscovo, antes da "perestroika", e que passo a descrever a passos largos, dado também envolver espelhos falsos:

Contava ele que na capital da Rússia não havia avenida, rua, travessa ou bêco que não tivesse câmaras escondidas. Nos hoteis, para além das câmaras ocultas, a existência de falsos espelhos era "mato".Extrapolando, dizia ter a certeza de que em toda a URSS se passava o mesmo.Contava-me, empolgado, que as crianças de orfanatos (não podia ser outra coisa) passeavam em filas nas ruas, todas vestidas da mesma côr e guardadas por gente com cara de poucos amigos.Das criancinhas comidas ao pequeno almoço não falou. Talvez para me poupar a mais inquietações, por saber-me pessoa impressionável..Dizia eu que também não acreditei nesta descrição - como não acreditei na primeira - e passo a explicar porquê:Um primo meu afastado, em quem sempre depositei a máxima confiança, tirou na ex-URSS, um curso superior. Com os mesmos direitos e deveres de qualquer outro estudante do país.Quando voltou pareceu-me mais informado que eu, ensinando-me a pensar que as "coisas andam todas ligadas".O que, admito, também sucederia se a sua licenciatura tivesse sido feita em Portugal.Contou-me que os cuidados de saúde, os transportes e outros benefícios sociais, eram tendencialmente gratuítos para as pessoas.Contou-me que, para além de estudar gratuitamente, ainda recebia uma mesada do Estado, como se não fosse estrangeiro.
(CONTINUA)

16 de setembro de 2006

Espelhos falsos

(Continuação)

Eu sinceramente não acredito, até provas em contrário.

Não acredito nesta história porque decerto a própria senhora - na sua relativa preocupação - não deixa de demonstrar que se trata de uma pequena anormalidade dentro de um quadro social e político ablosutamente normal.

No país que a acolheu, quem não cumpre as leis pode estar a cavar a própria cova. Isto é, pode ir desde a perda de liberdade temporária até ao corredor da morte. Portanto não vejo ninguém de sã inteligência que por uma ninharia esteja a pôr em perigo a sua vida ou liberdade.

Estou a vê-la a dizer, em concordância comigo e se a isso fosse instada (e não obstante o seu aviso), que vive num país onde dá gosto viver porque a liberdade e os direitos do homem e da mulher são rigorosamente respeitados; só é pobre na América quem não quer trabalhar; que só não tem segurança social quem não quer; que a liberdade de expressão existe mesmo, embora muito poucos a saibam utilizar; etc. etc....

Repito: não acredito nesta "denúncia" como não acreditei numa outra que me fez um amigo meu, àcerca de uma viagem a Moscovo, antes da "perestroika", e que passo a descrever a passos largos, dado também envolver espelhos falsos:

CONTINUA

14 de setembro de 2006

Espelhos falsos

Segue-se o trecho de um texto, intitulado:"Um representante da lei quebrando a lei", encontrado, há tempos, no blog http://home-swete-home.blogdrive.com/, dando conta da legítima preocupação de uma jovem senhora brasileira a residir nos USA, que pensa estar em perigo o seu direito à privacidade :

"(...) Bem, daí que mais tarde (e isso tudo de manhã, pois agora são 2:04 da tarde), a polícia baixa aqui no hotel (eu estou no Ramada Inn e Diamonthead, eh onde fica o HQ - Quartel General do US Army Corps of Engeneers). Uma queixa de que o hotel estaria usando falsos espelhos, daqueles que a pessoa vê tudinho do outro lado e você não os vê, sabem do que estou falando?Cara, isso é grave!E eu nunca "checo" os espelhos pra ver se são de duas faces ou não!Resultado, detectives, inquérito aberto, coleta de informações, alguém vai pra cadeia. Basta descobrirem o engraçadinho! (...)" etc, etc. e tal.

Terá fundamento a "denúncia" desta senhora?
Eu sinceramente não acredito, até prova em contrário.

CONTINUA

toureio

Os farrapos e os velhos

(Continuação)
Há quem pense que eles são um estorvo e por essa razão maior estorvo virão a ser.Mas não irá ser assim. Muitos dos velhos, do fim deste século, vão conquistar de novo a cidadania. Porque irão receber, de quem os precedeu, a sanguina bandeira que empunharão a caminho duma sociedade mais honrada.Quero dizer: Os velhos que antes da revolução industrial eram respeitados, voltarão a sê-lo, por razões diversas, no dealbar do próximo século. Trezentos e muitos anos depois.Afinal, tempo pouco, para este nosso planeta Terra que, qual nave, na sua rota vertiginosa nos transporta a todos, sem excepção, volteando o Sol, através da galáxia e do universo!...Assim, decididamente, nenhum velho que se preze tem o direito de reclamar - nesta espantosa viagem - por não ter "tempo" para saber que morreu.Aqui, na Terra, nesta Nave, somos apenas milhares de milhões de eternidades adiadas... Sempre.Uns vão descendo, em seus apeadeiros, primeiro que outros.E nestes, outros sobem, para continuar esta viagem!...

Fim

gil

13 de setembro de 2006

Os farrapos e os velhos

(Continua)
Posto isso, qual refrigério de incontrolável egoísmo, amainei meus temores de velho perante a morte, por injustificados, em face de quadro tão dramático:Recordei notícia sobre a existência de dois milhões de pobres e do milhão de miseráveis que vegetam ao nosso lado. Que diariamente olhamos. Sem os vermos. E bastou!Reconheço saber de "velhos" que nunca tiveram mêdo da morte, não por usarem expedientes primários como o meu para esquecerem a sua, mas porque a procuram: São os jovens que morrem todos os dias nos atalhos da vida e em outros estranhos e evitáveis caminhos. A estes voltarei um dia se para tanto me ajudar a saúde...Tal como por estar vivo, sei que não morri, também sei que dentro de 80 anos já ninguém me verá. Não sei para onde vou, mas também não interessa!!E ao meu médico também não o verão. Mas se o vissem, duplo contentamento lhe caberia. É que os anciãos, que contribuem mais que os outros para o seu desafogo financeiro, passarão a representar a maioria da população em países desenvolvidos.

CONTINUA

12 de setembro de 2006

Os farrapos e os velhos

A maior paranóia de um ancião, que se preze, reside nas doenças que as imunidades debilitadas não podem impedir.
O mêdo de morrer de repente é avassalador.

Nem a lei de Lavoisier (Na Natureza nada se perde (morre), tudo se transforma), nem tão pouco este conceito de que "Um homem depois de morto, é eterno, visto que por incapacidade indutiva, nunca reconhecerá que morreu", me tem salvado desta triste e senil covardia!

Por isso fui hoje ao médico. E de lá trouxe amável e surpreendente notícia: "O senhor, para os seus oitenta anos, está muito bem de saúde!"

Apesar da intenção caridosa ser evidente, sorri-lhe abertamente, para que julgasse ter-me enganado. Ao pretender iludir-me, o doutor apenas me fez lembrar, de modo simplista, a teoria da relatividade!

O que ele teve, foi pudor, em dizer-me com toda a clareza: "Apesar do seu tempo de validade ter expirado, você é dos resistentes. Quem não deverá gostar nada de você andar por cá são os tipos da segurança social...cá por nós, tudo bem!"

Paranóias são paranóias e contra elas só uma boa cura mental as faz abalar.

Como "para grandes males, grandes remédios", ataquei o problema de frente.
Ocorreu-me pôr em confronto a qualidade de vida do nosso povo com a de outros portugueses, isto é, ver se todos os habitantes do país vivem ou não com dignidade. Velhos incluídos.

CONTINUA

7 de agosto de 2006

XXXIX

 Posted by Picasa

6 de agosto de 2006

XXXVIII

Posted by Picasa

4 de agosto de 2006

XXXVII

 Posted by Picasa

3 de agosto de 2006

XXXVI

Posted by Picasa

1 de agosto de 2006

XXXV

Posted by Picasa

D'après Pedro Inf.

28 de julho de 2006

XXXIV

Posted by Picasa

26 de julho de 2006

XXXIII

 Posted by Picasa

24 de julho de 2006

XXXII

 Posted by Picasa

21 de julho de 2006

XXXI

  Posted by Picasa

18 de julho de 2006

XXX

  Posted by Picasa

15 de julho de 2006

XXIX

  Posted by Picasa

11 de julho de 2006

XXVIII

  Posted by Picasa
os trombos

9 de julho de 2006

XXVII

  Posted by Picasa

4 de julho de 2006

terapia XXVI

  Posted by Picasa

3 de julho de 2006

XXV

  Posted by Picasa
timor 2000

2 de julho de 2006

terapia XXIV

 
timor Posted by Picasa
timor

29 de junho de 2006

terapia XXIII

  Posted by Picasa
timor-indonésia

27 de junho de 2006

terapia XXII

  Posted by Picasa
timor