(continuação)
Nunca tive notícia de que alguém ou alguma instituição planetárea criticasse a sua existência. Tudo era discreto e muito mais aceite que rejeitado, levando em conta ter que se optar pelo mal menor em relação aos interesses da sociedade, incluídos os próprios internados.
O ambiente entre funcionários e doentes era - salvo raras excepções - modelar, tendo em vista o bem estar de todos.
Solteiros e casais toxicodependentes (como vós dizeis e eu utilizarei a partir daqui para melhor me entenderem) viam ali mais ou menos decalcados, para melhor, os dia-a-dia dos cidadãos emigrantes que, sozinhos, deixaram por algum tempo o seu país para procurar, no estrangeiro, melhores condições de vida.
Como se estivessem integrados numa pequena cidade, quase esqueciam a estadia, a maioria das vezes involuntária.
Todas as despesas no Hospital-Colónia eram suportadas pelo Estado.
Das escolas profissionais, teatro, televisão e cinema até ao desporto, das igrejas ao cultivo do campo ou do oficinar, tudo lá existia.
Todos trabalhavam nas profissões para que tinham aptidão e por isso recebiam um salário.
Também não faltava, claro está, uma apetrechada clínica de desintoxicação com seu excelente corpo clínico, nem uma polícia especial para acorrer a casos sempre previsíveis de insubordinação.
(Continua)
Nunca tive notícia de que alguém ou alguma instituição planetárea criticasse a sua existência. Tudo era discreto e muito mais aceite que rejeitado, levando em conta ter que se optar pelo mal menor em relação aos interesses da sociedade, incluídos os próprios internados.
O ambiente entre funcionários e doentes era - salvo raras excepções - modelar, tendo em vista o bem estar de todos.
Solteiros e casais toxicodependentes (como vós dizeis e eu utilizarei a partir daqui para melhor me entenderem) viam ali mais ou menos decalcados, para melhor, os dia-a-dia dos cidadãos emigrantes que, sozinhos, deixaram por algum tempo o seu país para procurar, no estrangeiro, melhores condições de vida.
Como se estivessem integrados numa pequena cidade, quase esqueciam a estadia, a maioria das vezes involuntária.
Todas as despesas no Hospital-Colónia eram suportadas pelo Estado.
Das escolas profissionais, teatro, televisão e cinema até ao desporto, das igrejas ao cultivo do campo ou do oficinar, tudo lá existia.
Todos trabalhavam nas profissões para que tinham aptidão e por isso recebiam um salário.
Também não faltava, claro está, uma apetrechada clínica de desintoxicação com seu excelente corpo clínico, nem uma polícia especial para acorrer a casos sempre previsíveis de insubordinação.
(Continua)
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