«A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, estimulando concomitante e muito intensamente o debate dentro daquele espectro... Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate».Noam Chomsky

"The smart way to keep people passive and obedient is to strictly limit the spectrum of acceptable opinion, but allow very lively debate within that spectrum - even encourage the more critical and dissident views. That gives people the sense that there's free thinking going on, while all the time the presuppositions of the system are being reinforced by the limits put on the range of the debate." – Noam Chomsky

It will reopen now and then.



12 de setembro de 2006

Os farrapos e os velhos

A maior paranóia de um ancião, que se preze, reside nas doenças que as imunidades debilitadas não podem impedir.
O mêdo de morrer de repente é avassalador.

Nem a lei de Lavoisier (Na Natureza nada se perde (morre), tudo se transforma), nem tão pouco este conceito de que "Um homem depois de morto, é eterno, visto que por incapacidade indutiva, nunca reconhecerá que morreu", me tem salvado desta triste e senil covardia!

Por isso fui hoje ao médico. E de lá trouxe amável e surpreendente notícia: "O senhor, para os seus oitenta anos, está muito bem de saúde!"

Apesar da intenção caridosa ser evidente, sorri-lhe abertamente, para que julgasse ter-me enganado. Ao pretender iludir-me, o doutor apenas me fez lembrar, de modo simplista, a teoria da relatividade!

O que ele teve, foi pudor, em dizer-me com toda a clareza: "Apesar do seu tempo de validade ter expirado, você é dos resistentes. Quem não deverá gostar nada de você andar por cá são os tipos da segurança social...cá por nós, tudo bem!"

Paranóias são paranóias e contra elas só uma boa cura mental as faz abalar.

Como "para grandes males, grandes remédios", ataquei o problema de frente.
Ocorreu-me pôr em confronto a qualidade de vida do nosso povo com a de outros portugueses, isto é, ver se todos os habitantes do país vivem ou não com dignidade. Velhos incluídos.

CONTINUA

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