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"Até que enfim que apareceu um pequeno sinal certo, talvez na hora certa!".
Ter-me-ia dito, hoje, um amigo que, anos atrás, desiludido com o incumprimento das promessas apregoadas nos pós 25 de Abril, me confidenciou: "Precisamos de uma Revolução a sério, pá!Tomara eu de volta o 24 de Abril, para varrermos com os filhotes do salazarismo, que tomaram de novo conta das nossas vidas!"
E isto foi quando ainda o descalabro não era tamanho.
Quando ainda o Estado não tinha ensaiado a protecção despudorada aos todo-poderosos do grande capital, aos pedófilos e aos corruptos.
Quando ainda o Estado se dizia empenhado em fazer da cultura, da saúde e do emprego, uma bandeira.
A prática salazarenta, afinal, como dizia o meu amigo, sempre esteve presente na governação e na maior parte dos meios de informação públicos e privados. E até em algumas escolas.
Acabo de ver o ar sorridente da Maria Elisa, na televisão. O programa "O melhor português de sempre" tinha chegado ao fim.
A Europa também vai sorrir.
Sim, a Europa. A Europa do grande capital e dos nazi-fascistas.
A outra Europa vai estranhar e ficar triste, mesmo sabendo do nosso proverbial atraso em quase todos os domínios.
O meu amigo, esse, se fosse vivo, também iria sorrir, mas por razões diferentes...