E por isso, passivamente, muitíssima gente continua a esperar (em frente ao televisor) por uma qualquer nevoenta noite de sexta-feira onde, improvavelmente, lhe anunciarão a sua ascensão ao topo da pirâmide, através do euromilhões.
Até nós - que não estamos muito longe do vértice dessa pirâmide - esperamos, inconscientemente, por outra Sexta-Feira de nevoeiro enquanto reivindicamos, ao som de um baile mandado, o que sobrou do banquete de salão farto que nos permite ter vivenda, casa de praia e carros, mas poucas vezes a felicidade!
Mas volto às crianças (afinal diz o poeta, e bem, "que o melhor do mundo são as crianças") para dizer que, mesmo numa sociedade melhor que a que temos, não bastaria para todas elas terem uma casa bem construída e família atenta.
A casa e a família, mesmo com esses meios adequados, não serão, pois, só por si suficientes para compensar a falta de qualificação de um professor.
O que não será quando a casa não existe, as carências afectivas de um lar estão ausentes e o professor não tem qualidade!
E tudo isto, que precede, vem a propósito de notícia que há tempos tive e me estragou o dia:
(continua)