A (re)volta dos ratos
Faz hoje 35 anos que, nos estaleiros navais de um pequeno e pobre país, era lançado à água um belo navio.
Foi baptizado com o nome de "Abril". Homenageando o mês do "bota-abaixo".
Nos primeiros anos a nau foi singrando, cumprindo rota certa. A contento de muitos marinheiros. Não de todos, certamente. Mas foi navegando.
Anos depois, a tripulação começou a escassear. Misteriosamente.
A coberto de noites escuras e de vagas que vergastavam a proa, parte da tripulação ia desaparecendo lenta e inexoravelmente.
Eram cada vez menos as vozes alteradas a exigir rumo certo e sem perda de Homens.
Outras vozes exultavam de alegria sempre que novos e conhecidos marinheiros subiam as escadas do portaló.
É que, em cada novo porto da escala, a tripulação era reposta, levando em conta as misteriosas baixas.
Da tripulação inicial, decorridos 35 anos desde o dia do seu baptismo, poucos marinheiros restam.
Agora, como navegantes, apenas temos os alunos da velha escola de marear e um punhado de "arrependidos". Aqueles que, dissimuladamente, erguiam cravos na hora do bota-abaixo, no Cais da nossa "Boa Esperança".
Esses "ratos" assenhoraram-se do navio, emalhando a sua (re)volta com astúcia e sabedoria.
Chegou, pois, a hora de construir nova nave... carregada de outras utopias, determinação e ... desratizante.
Faz hoje 35 anos que, nos estaleiros navais de um pequeno e pobre país, era lançado à água um belo navio.
Foi baptizado com o nome de "Abril". Homenageando o mês do "bota-abaixo".
Nos primeiros anos a nau foi singrando, cumprindo rota certa. A contento de muitos marinheiros. Não de todos, certamente. Mas foi navegando.
Anos depois, a tripulação começou a escassear. Misteriosamente.
A coberto de noites escuras e de vagas que vergastavam a proa, parte da tripulação ia desaparecendo lenta e inexoravelmente.
Eram cada vez menos as vozes alteradas a exigir rumo certo e sem perda de Homens.
Outras vozes exultavam de alegria sempre que novos e conhecidos marinheiros subiam as escadas do portaló.
É que, em cada novo porto da escala, a tripulação era reposta, levando em conta as misteriosas baixas.
Da tripulação inicial, decorridos 35 anos desde o dia do seu baptismo, poucos marinheiros restam.
Agora, como navegantes, apenas temos os alunos da velha escola de marear e um punhado de "arrependidos". Aqueles que, dissimuladamente, erguiam cravos na hora do bota-abaixo, no Cais da nossa "Boa Esperança".
Esses "ratos" assenhoraram-se do navio, emalhando a sua (re)volta com astúcia e sabedoria.
Chegou, pois, a hora de construir nova nave... carregada de outras utopias, determinação e ... desratizante.
3 comentários:
Zé,
A mim parece-me que nesse "navio" já não há homens com ideais. Apenas há ratos da pior especie.
Abraço.
Borda fora com eles. De novo. já!
Vamos construir novo navio dentro da cidade.
Zé Gato
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